sábado, 25 de fevereiro de 2012

Crônica: A história de PAGUNG

A história de PAGUNG



A muitos dias que sentia-se melancólico, como se tudo ao redor não tivessem mais o mesmo brilho, a mesma cor, porem naquela manha disse para si que viver assim não seria mais possível, queria sair de seu quarto, já passava das 11 da manhã, ao olha pela janela pode ver a correria das pessoas na calçada, pareciam formigas andando apressadamente em busca de sobrevivência, tivera o desejo de abrir a janela e gritar bem alto para todos os transeuntes que tudo estava errado e que a vida era muito mais do que viver a monotonia de dias iguais.



Poucos momentos depois deste devaneio, correu para o armário, pegou sua mala, jogou algumas peças de roupas, e saiu pela porta dos fundos, queria sumir e sair daquela realidade. Pelos menos naquele momento de sua existência desejava não ter mais o controle sobre a sua agenda, queria não ter mais tantas responsabilidades, quis sair do seu controle, se perder em si mesmo, jamais voltar a ser o que era anteriormente.



Antes? Bem, era uma pessoa atarefada, tinha mil e um projetos, acordava cedo, dormia tarde, nunca sabia onde acordaria no próximo dia, sua vida girava em torno de representar um alguém que a sociedade esperava, alguém que deve andar com o sorriso no rosto mesmo em meio ao vazio e a solidão, que tinha que seguir o mapa do que e certo e o que é errado, do que é permitido e do que é improprio.



Mas hoje, neste momento já não mais, antes o conheciam como Richard Robson, um alto executivo de uma grande empresa, mas agora queria ser chamado apenas por Pagung, nome este que leu por acaso ao passar por um outdoor, o qual dizia: “venha para o Paraiso na terra, Pagung, onde ninguém tem medo de amar”. Teve um insight no exato momento em que lia essa frase, descobriu que apesar de ter muito dinheiro e conhecer pessoas ricas e famosas, nunca tinha se permitido amar de verdade alguém, e principalmente nunca havia amado a vida, visto as cores do mundo como ele realmente é.



Sumiu, sim, para nunca mais voltar, saiu dos holofotes, dos flashes, das capas de revistas, das colunas sociais para se encontrar com algo lindo, com sua essência, com uma parte de si mesmo única, teve um encontro total com o amor e a paz, com a felicidade verdadeira.



E se alguém se lhe pergunta-se se sentia falta de algo? Sutilmente respondia: meu nome é PAGUNG e meu único legado é deixar essa terra uma lição de que é possível viver em harmonia com esse paraíso que muitos chamam de terra, mas eu chamo de lar.