quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Teoria Ecologica de bronfenbrenner


Nestas ultimas semanas tenho tido a oportunidade de entra em contato com uma teoria que vejo ser de grande relevância para o estudo do comportamento e desenvolvimento do homem nos meio social; A teoria ecológico do desenvolvimento de Urie Bronfenbrenner destaca o desenvolvimento do individuo com suas características individuais inseridos nos vários níveis de contextos ecológicos, os quais são respectivamente: microssistema, mesossistema, exosistema e macrossitema, sendo engrenagens principais do desenvolvimento.
A vida nos meios familiares se caracterizara pelo desenvolvimento onde o individuo participara ativamente, manipulando as coisas no ambiente, passando boa parte do seu tempo engajada em atividade e interações e por elas sendo influenciado diretamente, dessa forma “a casa, a creche ou a escola em que a pessoa é envolvida em interações face-a-face fazem parte do microssistema” (MARTINS, 2004).
O mesossistema diz respeito às inter-relações entre dois ou mais ambientes nos qual uma pessoa participa ativamente, Ou seja, uma criança participa da escola, igreja, amigos de vizinhança, mantendo relações em vários ambientes com diferentes contextos. MARTINS (2004)
No caso do exossistema a pessoa não participa diretamente do seu desenvolvimento mais e influenciado por ele, tipos de ambientes que consistem em exosssistemas podem ser, por exemplo: o local de trabalho do pai, a escola do irmão ou a igreja da mãe. MARTINS (2004)
MARTINS (2004) evidência que “o macrossistema envolve todos os outros ambientes, formando uma rede de interconexões” De maneira a incluir os valores, regras, ideologias, religião, o que de forma indireta ou direta terão poder de influenciar sobre a pessoa grandemente
A partir desta analise da teoria foi assistido um domumentario intitulado "fala tu" onde foi observada a vida cotidiana de três moradores da zona norte do rio e suas paixões pelo rap sendo possível contextualizar em cada um dos personagens (participantes), ao mostrarem um pouco sobre suas vidas, desejos, dificuldades e relações com suas comunidades e a sociedade ao redor cada um dos sistemas ecológicos, podendo observar uma forte dialética, pois de um lado há o individuo com sua particularidade, e do outro as influencias da suas realidades.
É relevante o conhecimento sobre o desenvolvimento social, econômico, histórico e cultural da comunidade no qual estão inseridos e os fatores que possam ter ocorrido num determinado espaço de tempo e influenciado a vida destas pessoas; a partir de então nos como futuros psicólogos poderemos desempenhar um papel fundamental neste contexto, o de sensibilizar, elucidar e contribuir para a emancipação dos moradores de qualquer comunidade vitima da desigualdade proveniente de quaisquer formas de dominação.



autor: Andrews Duque


Referencias


MARTINS, Edna e SZYMANSKI, Heloisa. A abordagem ecológica de Urie Bronfenbrenner em estudos com famílias. Estud. pesqui. psicol., jun. 2004, vol.4, no.1, p.0-0. ISSN 1808-4281.

BRONFENBRENNER, U. A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Reflexão sobre a primeira impressão


Neste últimos tempos tenho tido a oportunidade de refletir sobre o valor da frase "A primeira impressão e a que fica"; será mesmo?, Ou essa seria mais uma das inúmeras ideologias que rodeiam nossa sociedade, onde há um numero cada vez maior de indivíduos tornando-se de certa forma "escravos" de suas aparências; afinal, ate que ponto essa frase e significante para nosso conhecimento e o que se esconde por detrás deste dito popular. Sendo esta uma questão de relativa importância para a compreensão da relação dialética: individuo x sociedade.
Atualmente nos meios de comunicação, o que mais se tem exaltado para as massas os padrões estéticos e comportamentos de indivíduos inseridos na dita "sociedade do futuro"; venda de livros de dietas para o “corpo perfeito”, remédios e aparelhos para emagrecimento, a proliferação de clinicas de estética, assim como livros sobre comportamento do individuo em organizações, auto-ajuda, de imagem pessoal; sendo estas só a ponta do enorme iceberg criado por uma minoria, visando dominar as massas.
Ao falar na palavra dominação, remete-se imediatamente que existe um sujeito dominado nesta relação; como também suscita a palavra alienação, mais afinal o que te haver a alienação com a questão da primeira impressão? Em qualquer nicho social onde se atribui a um grupo o poder sobre as decisões e a maneira como se estabeleceram as relações, costumes, comportamentos, podem vir a desencadear a “alienação, que é um processo pelo qual uma pessoa vive para o outro e para a realidade do outro. Perde-se a consciência de si mesmo e da sua realidade e vive-se em função do outro e de outra realidade.” (Brites, 2004).
Surge neste contexto um tanto ideológico, um numero cada vez maior de pessoas com distúrbios alimentares, com “síndromes” da beleza inalcançável, procurando estar excessivamente expostas a tratamentos e indo diariamente especialistas estéticos, em busca da tão sonhada “eterna juventude”. Quando perguntadas sobre o porquê de tanta “vaidade”. Suas justificativas são as adaptações às exigências do meio e a dita primeira impressão que vão dar em namorados, chefes, amigos, comunidade, etc. o que em muitos casos não passa de alienação.
Os que não se enquadram nas regras impostas por uma sociedade que valoriza a beleza absoluta e a individualismo em vez da aceitação, acabam por desenvolver uma serie de traumas, devido não aceitarem sua imagem muitas vezes por serem reprimidos pelos demais ao seu redor acabam por isolar-se; um exemplo e o caso de crianças e adolescentes que tem obesidade, muitas vezes sentem-se discriminados e ainda taxados como glutões; este e outros “problemas” têm levado inúmeras pessoas à terapia, onde podem ajudar a si mesma a enfrentar seus conflitos pessoas e inter-pessoais de forma mais eficaz.
Estudos sobre aparência e a primeira impressão mostram que sim, que elas ajudam muito em situações novas; tais como entrevistas emprego, primeiro dia de trabalho, apresentações em publico, etc. sendo sim de fundamental importância para a pessoa ser bem sucedida em qualquer esfera social. Mais não e interessante colocá-la como peça chave, que seja na contratação ou aceitação de alguém por um determinado grupo.
Portanto ao refletir sobre ate que ponto o termo e positivo ou não, dependera bastante da posição do individuo em assumir um papel critico-reflexivo sobre suas ações; no momento em que se tem uma primeira impressão sobre alguém, deve-se atentar para o fato de já esta atrelado a ela uma serie de preconceitos e definições oriundos da sociedade, devemos assim analisar se as armadilhas presentes em tal rotulação posam vir a serem errôneas. Em um pais como o Brasil, onde a tanta diversidade cultural, étnica e histórica, esta cada vez mais claro que e preciso desmistificar nossas noções de primeira, segunda ou qualquer impressão que algum individuo pode vir a explicitar.